quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Outra Vez, Patrão!!!

Ainda me escravizas Num papel branco Timbrado artisticamente No ateliê de versos, As cláusulas, patrão! Patrão, Ainda me escravizas Cláusulas sensuais, Chicote sem piedade Que tesa firme nos corpos nus Cobertos de força para ti. Lá estão as algemas, Lá estão as correntes , Mentes sem saída No vapor de chicote Que tesa firme nos corpos nus A troca de qualquer moeda, Que nem matica estômago, patrão. E calcanhares determinados Tapam burracos nas cidades, Na marcha electrizante De alcatrão que sua da pele Fundida de asfalto da vida, patrão. Patrão, Salário mínimo, Estômago sem o mínimo No contrato que só colhe vazio Não é outra escravidão? Fala, patrão! Ainda me escravizas ou não? Duvidas? Governo também está lá, certamente Celeiro de políticas roto, com certeza Incapacidade de fiscalizar, outra verdade Investidores políticos, sem vontade política Ohhh!, meu patrão, meu patrão, meu patrão… Outra vez????