Fogo seu companheiro sente sua falta
Já não cantas a melodia amiga do estômago
Estás triste na esquina da casa
Nem côdea tens para assegurar-te
Que até as galinhas chutam-te aos pontapés
Só conservas a tua cor negra
Cor que também pinta as panças dos petizes
Que morrem de ódio odiosa
Quando o borralho lhes pinta o rosto e os pés pálidos
Que só você os tapa nas manhãs soprantes de alegria
Na fervura fervorosa de suas tripas
Que já são os amigos do fogo da tua fervura
Ah, minha panela
Esquinada no vazio sem alimento
Como o vazio das tripas dos petizes
Que rasgam distâncias nas florestas
Soltando os olhos á busca de um fruto silvestre…
Quando voltarás ao fogo seu companheiro
Para cimentar as tripas dos petizes
Por um verdadeiro cimento do estômago?
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