sábado, 5 de novembro de 2011

Deixem o Meu Povo Chorar

Deixem o meu povo chorar,
Chorar lágrimas de conjuras
Na fiança de juras entre juras,
Debaixo de injúrias do metical vazio
Sobre chicotes de impostos postos
Ao serviço de limpa-brisas de qualquer humidade
De suor e sangue dos pequenos corpos
Que tombam na sorte de armadilhas
Postas nas lixeiras de empregos
Com pregos que pregam a mendicidade
Do desemprego no véu de promessas.

Nyandayêêêyôôô0uuuuuuuuuuuuuuuu...

Deixem o meu povo chorar
Porque os rostos da verdade
Clamam pelas nossas lágrimas
Que ferimentam adentro
Do alampique, impedido
De destilar a aguardente do teor
Das verdades que verga
Lucidez no povo quando sorve-a
Em liberdade política...

Deixem o meu povo chorar
Nada de fazerem chorar injustamente
Os canos das armas e das leis
Para limpar o meu povo
Povoado de inúmeras injustiças
Que precisa chorar lágrimas
de todas as cores...
Mas deixem o meu povo chorar,
Chorar! Chorar! Chorar...

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